O Dreamville Festival 2025 marcou o fim de uma era — e o começo de um legado. O evento idealizado por J. Cole não foi apenas um festival de música. Durante cinco edições ao longo de sete anos, ele se transformou em um verdadeiro ritual cultural, misturando hip-hop, comunidade e nostalgia em uma experiência que parece mais uma reunião de família do que um megafestival.
Neste ano, o Dorothea Dix Park, em Raleigh, Carolina do Norte, mais uma vez se tornou o epicentro da cultura hip-hop, acolhendo milhares de fãs que buscavam muito mais do que shows: queriam pertencer. E, como sempre, o Dreamville entregou — com música, energia, e uma despedida emocionante que selou seu lugar na história.
Veja mais: 6 Maneiras Inteligentes de Ganhar Dinheiro com Inteligência Artificial
🎤 Um festival com alma: mais do que lineup, uma celebração
Enquanto muitos festivais perdem a identidade ao tentarem “bombar” nas redes sociais, o Dreamville manteve sua essência: calor humano, conexão e propósito. De ativações imersivas a food trucks com comida de verdade (não só estética Instagramável), o espaço foi cuidadosamente pensado para proporcionar experiências que vão além do palco.
Entre os destaques da edição 2025:
- 🎡 Uma roda-gigante que oferecia uma vista panorâmica do festival — um verdadeiro voo sobre a energia do evento;
- 🔊 O Hennessy Highline, com DJs como Mannie Fresh, mandando sets de trap, dancehall e reggae durante todo o dia;
- 🍔 Gastronomia variada, reunindo desde pratos típicos do sul dos EUA até opções veganas e internacionais.
Tudo isso cercado por um público diverso, apaixonado e fiel à proposta do Dreamville: um espaço onde todos se sentem em casa.

👑 As mulheres dominaram o palco (e os corações)
Se teve um tema que se destacou nesta edição, foi o poder feminino. As apresentações das artistas foram nada menos que memoráveis:
- Ari Lennox e Keyshia Cole abriram o festival com vocais impecáveis e presença de palco de veteranas;
- No segundo dia, Tems, Coco Jones, Erykah Badu e a estreante Akia entregaram o que os fãs chamaram de “lineup dos sonhos”;
- E, claro, GloRilla incendiou o palco com hits como Tomorrow 2, mostrando que a nova geração do rap sulista está mais viva do que nunca.

🧨 Lendas do hip-hop deram aula de performance
Nem só de novidade vive um bom festival. Dreamville 2025 também trouxe verdadeiras lendas para o palco:
- No primeiro dia do festival, tivemos apresentações de 21 Savage, Partynextdoor e Chief Keef.
- Lil Wayne fechou o primeiro dia ao lado dos Hot Boys e Big Tymers, em uma aula de rap clássico do início dos anos 2000;
- Wale representou o DMV com seus hits cheios de atitude e rimas afiadas;
- E Ludacris? Simplesmente dominou com carisma, hits infinitos e presença de palco de quem faz isso com os olhos fechados.
🎙️ A despedida de J. Cole: mais íntima que épica
Ao encerrar o festival com seu próprio show, J. Cole fez algo raro nos dias de hoje: foi vulnerável. Visivelmente emocionado e exausto, ele agradeceu aos fãs e admitiu que organizar o Dreamville Festival é um trabalho gigantesco:
“Eu vou ser 100% real com vocês… isso aqui dá muito trabalho. Mas a gente faz porque ama vocês e ama a Carolina do Norte.”

O palco da apresentação final foi uma reprodução fiel do apartamento de seu antigo senhorio, Mohammad — o primeiro a acreditar no talento do jovem Jermaine. Uma homenagem tocante aos tempos em que tudo era só um sonho.
O repertório? Uma viagem nostálgica pelos primeiros anos de sua carreira: The Come Up, The Warm Up, Cole World, Born Sinner e, claro, 2014 Forest Hills Drive. Nada de mega produções, convidados surpresa ou pirotecnia — só letra, beat e alma.
📌 Curiosidades extras:
- 🎧 J. Cole tem planos de lançar The Fall Off, seu último álbum, ainda em 2025.
- 💿 A Dreamville Records estuda lançar uma coletânea com as melhores performances ao vivo das edições passadas.
- 🌍 O festival impactou a economia local de Raleigh em mais de US$ 12 milhões, segundo autoridades.

🧭 E agora, o que vem depois do Dreamville Festival?
Embora essa tenha sido anunciada como a última edição do festival sob a liderança direta de J. Cole, ele garantiu que o espírito Dreamville vai continuar vivo em Raleigh.
É possível que a marca evolua para algo ainda maior, com novos curadores, formatos ou edições menores pelo país — ou até internacionais. Mas uma coisa é certa: o DNA do Dreamville, feito de arte com propósito, comunidade e autenticidade, será mantido.