Os 15 Melhores Discos Indie do Século XXI

Os 15 Melhores Discos Indie do Século XXI

Música

Crítico elege os 15 melhores discos indie do século XXI. Veja a lista, entenda a evolução do gênero e descubra o que ainda define o “indie rock”.

🎧 Indie: Guitarras, ethos e a eterna dúvida existencial

Indie é um daqueles termos da música que parecem simples, mas ficam cada vez mais escorregadios quanto mais você tenta defini-los. É um estilo musical? Um espírito? Um modelo de negócios? Ou uma mera estética sonora com guitarras distorcidas e vocais introspectivos?

Para o crítico cultural Steven Hyden, colunista da UPROXX, essa questão se tornou tão fundamental quanto inevitável ao montar uma lista com os 100 melhores álbuns indie do século XXI. E para não se perder nos próprios labirintos da classificação musical, ele estabeleceu uma métrica curiosa: o chamado Teste “Is This It” vs. “Hot Fuss”.

A lógica é a seguinte: o clássico Is This It (2001), do The Strokes, soa visceral, cru, urgente – e por isso é considerado “indie”. Já Hot Fuss (2004), do The Killers, embora adorado pelo mesmo público, é um disco mais “pop-rock”, com estética mais polida. Assim, para Hyden, o indie do século XXI é definido principalmente por “música com guitarras” — mesmo que gravada por bandas em grandes gravadoras.

Veja Mais: Notícias de Música


📀 Top 15: os discos que definiram o indie moderno

A lista completa do UPPROX conta com 100 discos, mas aqui destacamos o Top 15, que serve como um verdadeiro guia para quem quer entender o impacto do indie rock (e seus derivados) nos últimos 25 anos. Confira as principais faixas do Top 5 desta lista abaixo:

🥇 Os 15 Melhores Discos Indie do Século XXI, segundo Steven Hyden:

15. Modest Mouse — The Moon & Antarctica (2000)

14. The Hold Steady — Separation Sunday (2005)

13. Animal Collective — Feels (2005)

12. The National — Alligator (2005)

11. Lana Del Rey — Norman Fucking Rockwell! (2019)

10. Panda Bear — Person Pitch (2007)

9. Fiona Apple — Máquina Extraordinária (2005)

8. Interpol — Turn On The Bright Lights (2002)

7. The War On Drugs — Lost In The Dream (2014)

6. Father John Misty — I Love You Honeybear (2015)

5. The Strokes — Is This It (2001)

4. The White Stripes — White Blood Cells (2001)

3. Purple Mountains — Purple Mountains (2019)

2. Destroyer — Kaputt (2011)

1. Wilco — Yankee Hotel Foxtrot (2002)

📚 Por que esses discos importam?

Esses álbuns não apenas definiram a sonoridade indie como também moldaram a maneira como a indústria da música passou a perceber a cultura alternativa nos anos 2000. De álbuns intimistas como I Love You, Honeybear ao psicodelismo experimental de Person Pitch, cada trabalho aqui representa um ponto de ruptura criativa, muitas vezes distante dos holofotes mainstream, mas profundamente influente.

  • Yankee Hotel Foxtrot, por exemplo, foi rejeitado por sua própria gravadora antes de virar um marco cultural após seu lançamento independente.
  • Turn On the Bright Lights, do Interpol, revitalizou o pós-punk no início dos anos 2000.
  • Norman Fucking Rockwell! trouxe uma Lana Del Rey mais madura, lírica e com arranjos delicadamente melancólicos, que ecoam a tradição do folk e da psicodelia.

🌀 Indie ainda é “independente”? Ou é só uma estética?

A dúvida persiste: “o que é indie hoje?”
Hyden, em seu texto bem-humorado e autorreferencial, admite que não há uma definição concreta. Ele evita purismos e se apoia no feeling, no “cheiro de indie”, como ele mesmo diz. O mais importante é a atitude sonora, a identidade artística e o distanciamento do som corporativo engessado.

Em um mundo onde bandas independentes podem lançar discos via Bandcamp e viralizar no TikTok, enquanto grandes artistas adotam a estética lo-fi e DIY para parecerem autênticos, o indie se tornou um estado de espírito, muito mais do que uma posição no organograma das gravadoras.


🔍 Curiosidades e reflexões sobre a lista:

  • Nenhum disco do Radiohead aparece, apesar da relevância de In Rainbows ou A Moon Shaped Pool. Segundo Hyden, o som é mais “rock comum” do que “indie”.
  • Elliott Smith, um nome incontornável do indie, foi citado com carinho, mas seu álbum Figure 8 ficou de fora por estar “entre o indie e o pop corporativo”.
  • O teste “Is This It” x “Hot Fuss” funciona quase como um meme crítico, mas traz um insight valioso: o indie tem mais a ver com essência do que com rótulo.

🎤 E para você, o que é indie rock?

Essa seleção está longe de ser definitiva (e nem se propõe a isso), mas funciona como um excelente mapa afetivo e sonoro do que o indie significou – e ainda significa – neste século. Cada faixa, cada refrão, cada guitarra distorcida carrega um pedaço da trilha sonora alternativa das últimas duas décadas.


💬 Comente abaixo: qual desses discos marcou sua vida? Qual falta na lista? E o que você considera como “verdadeiramente indie” hoje em dia?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *