Hogwarts Legacy fez história com 34 milhões de cópias vendidas. Mas será que a magia vai durar? Descubra TUDO sobre a franquia, seu futuro e os desafios da Warner Bros 🧙♂️✨
Um sucesso que nem Dumbledore previu
Quando o aclamado Hogwarts Legacy foi lançado em 2023, ninguém imaginava que ele se tornaria um dos jogos mais vendidos da história.
Com mais de 34 milhões de cópias comercializadas, o RPG ambientado no universo bruxo de J.K. Rowling se tornou uma febre global. Mesmo sem multiplayer, Quadribol ou rostos conhecidos como Harry, Hermione e Ron, o game entregou uma experiência imersiva que capturou o coração dos fãs — e também dos novatos no mundo mágico.
Mas agora, anos depois, a pergunta que paira no ar é: como repetir esse feitiço de sucesso?
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🧪 Os Ingredientes da Poção do Sucesso
Se Hogwarts Legacy fosse uma poção de Felix Felicis — aquela da sorte líquida —, sua receita mágica incluiria muito mais do que mandrágoras e olhos de tritão. O jogo conquistou milhões de fãs não apenas por carregar o selo de “Harry Potter”, mas por entregar um dos mundos abertos mais vivos e imersivos já criados em um RPG moderno.
Vamos destrinchar os ingredientes dessa fórmula encantadora:
🏰 1. Um mundo aberto que é pura magia (literalmente)
O mundo aberto de Hogwarts Legacy não é só extenso — ele respira magia em cada canto. Dos salões iluminados da escola aos becos misteriosos de Hogsmeade, tudo foi recriado com um nível de detalhe que faz os fãs se sentirem parte do universo criado por J.K. Rowling.
- Sim, você pode visitar a sala comunal da sua casa, voar sobre o castelo e até passear pela Floresta Proibida.
- Cada ambiente conta histórias visuais e escondem segredos que recompensam a curiosidade do jogador.
Grifinória: Um vídeo explora a sala comunal da Grifinória, mostrando detalhes impressionantes do ambiente:
Sonserina: Este vídeo apresenta uma exploração da sala comunal da Sonserina, destacando sua atmosfera única:
Corvinal: Neste vídeo, você pode conhecer a sala comunal da Corvinal e apreciar sua arquitetura e decoração distintas:
Lufa-Lufa: Este vídeo oferece um tour pela sala comunal da Lufa-Lufa, revelando seus detalhes encantadores:
🧙 2. Uma jornada moldada por suas escolhas
Nada de seguir um herói pré-definido. Em Hogwarts Legacy, você é o protagonista.
- Suas escolhas morais influenciam o rumo da narrativa, podendo aproximá-lo da luz… ou das artes das trevas.
- As decisões não são preto no branco — muitas vezes, o jogo coloca o jogador diante de dilemas éticos que ressoam com questões humanas reais.
Essa liberdade narrativa cria uma conexão emocional profunda, algo que poucos RPGs conseguem entregar com tanta eficiência.
🪄 3. Personalização digna de um RPG moderno
O jogo acerta em cheio ao permitir que o jogador:
- Crie seu próprio bruxo do zero (gênero, aparência, voz, nome);
- Escolha a casa de Hogwarts, que afeta o modo como outros personagens interagem com você;
- Customize sua varinha, habilidades e estilo de jogo: furtivo, ofensivo, equilibrado… você decide.
Tudo isso fortalece a imersão e o senso de pertencimento, algo crucial em jogos baseados em universos consagrados.


🌍 4. Liberdade verdadeira: da vassoura ao Avada Kedavra
Diferente de muitos jogos baseados em franquias, Hogwarts Legacy entrega exatamente o que os fãs pediam há anos: liberdade total para explorar o universo mágico.
- Voos de vassoura
- Magias de combate: com direito a combos e duelos intensos.
- Maldições imperdoáveis: é permitido — mas prepare-se para as consequências.
- Exploração fora do castelo: campos, vilas e cavernas inéditas estão espalhados pelo mapa.
Essa liberdade não é só técnica, é emocional: o jogo realiza fantasias que viviam no imaginário coletivo desde o primeiro livro.

🎯 5. A magia do marketing: nostalgia, mistério e hype bem dosados
Por fim, não dá para ignorar o papel da campanha de divulgação. A Warner Bros. soube exatamente onde tocar:
- Nostalgia: trailers com trilhas emocionantes, elementos visuais dos filmes e promessas de voltar a Hogwarts.
- Mistério: pouca informação no início, segredos revelados aos poucos, criando uma bola de neve de hype.
- Liberdade como isca emocional: a promessa de “viver sua própria história mágica” foi o feitiço mais poderoso do marketing.
E funcionou. Hogwarts Legacy não foi só um sucesso de vendas — foi um marco na forma como jogos licenciados podem (e devem) ser feitos.
🧩 As promessas não cumpridas
Nem toda poção sai perfeita do caldeirão — e Hogwarts Legacy que o diga. Embora tenha arrebatado multidões e estabelecido novos padrões para jogos inspirados em universos literários, o título da Avalanche não conseguiu entregar tudo o que prometia — ou melhor, tudo o que os fãs mais atentos e esperançosos sonhavam desde os trailers.
E o que ficou faltando? Vamos mexer esse caldeirão e listar os ingredientes que ficaram de fora:
🧹 1. Partidas de Quadribol — onde estão os aros e goles?
O esporte mais emocionante do mundo bruxo, o que fez Harry brilhar nos céus de Hogwarts, simplesmente… não existe no jogo. Há vassouras, há voos — mas não há pontuação, tacos nem apanhadores disputando o Pomo de Ouro. Foi uma ausência sentida como um Obliviate na memória coletiva dos fãs.
⚖️ 2. Sistema de moralidade raso — a escolha entre luz e trevas ficou só na superfície
Embora o jogo ofereça a possibilidade de aprender feitiços das artes das trevas, como Avada Kedavra, isso pouco afeta a narrativa de forma substancial. Seja você um bruxo misericordioso ou um duelista implacável, o mundo ao seu redor não reage com a intensidade esperada. Não há uma verdadeira “queda ao lado sombrio”, como vimos em títulos como Mass Effect ou The Witcher.
🎭 3. Escolhas sem consequências reais
Sim, é possível tomar decisões em diálogos e momentos-chave. Mas, na prática, elas não moldam a narrativa de forma marcante. Não há finais alternativos, rupturas profundas entre personagens ou mudanças drásticas no destino do seu protagonista. É como se todas as estradas levassem ao mesmo Salão Principal.
🦡 4. Atividades exclusivas (ou a falta delas) para Corvinal e Lufa-Lufa
Enquanto Grifinória e Sonserina têm mais momentos de destaque — herança da saga original, é verdade —, os jogadores que escolheram Corvinal ou Lufa-Lufa sentiram-se como coadjuvantes da própria história. Poucos eventos específicos, menos visibilidade nas interações e até mesmo menos destaque em quests iniciais deram a entender que essas casas ficaram de escanteio.
⚙️ Por que esses feitiços falharam?
Segundo insiders da indústria e reportagens como a da Bloomberg, essas ausências não foram por má vontade ou descaso, mas sim resultado de:
- Limitações técnicas: incluir funcionalidades como Quadribol exigiria novos sistemas de física, inteligência artificial e animações específicas.
- Prazos apertados: com a pressão por lançar o jogo ainda no calor do hype, algumas ideias foram cortadas ou adiadas.
- Foco na experiência solo: Hogwarts Legacy optou por uma campanha mais linear e pessoal, sacrificando a complexidade de sistemas morais ou caminhos narrativos divergentes.
✨ A esperança era a última a voar (de vassoura)
Os fãs acreditavam que uma futura expansão — quem sabe aquela cancelada recentemente — pudesse corrigir o curso do feitiço, adicionando essas funções pedidas com tanto fervor nas redes sociais e fóruns. Mas com o cancelamento oficial de novos conteúdos pagos, as chances disso acontecer diminuíram como o estoque de poções de Wiggenweld no meio de uma batalha contra trolls.
🎯 E agora?
A sequência de Hogwarts Legacy, já em desenvolvimento, carrega nos ombros não apenas a pressão do sucesso comercial, mas a responsabilidade de ouvir os fãs e entregar aquilo que faltou na primeira jornada. Porque, sejamos sinceros, um jogo com esse potencial não pode viver apenas de nostalgia. técnicas e de tempo. A expectativa era que uma futura expansão resolvesse isso…
🧪 A expansão que evaporou
Como um feitiço lançado por um bruxo inexperiente, a promessa de uma grande expansão para Hogwarts Legacy simplesmente… desapareceu no ar.
Em abril de 2025, uma notícia que caiu como uma azaração em plena aula de Defesa Contra as Artes das Trevas sacudiu o mundo gamer: a Warner Bros. cancelou oficialmente a maior expansão planejada para o jogo. A revelação partiu da respeitada Bloomberg, com confirmações internas vindas de fontes próximas à Avalanche Software — estúdio responsável por dar vida ao sonho de explorar Hogwarts em mundo aberto.
📜 O que estava sendo preparado?
A expansão, até então nunca anunciada oficialmente ao público, vinha sendo desenvolvida em silêncio e prometia trazer:
- 📚 Novas histórias: conteúdos narrativos baseados em linhas de roteiro e personagens descartados durante o desenvolvimento do jogo original;
- 💎 Uma “Edição Definitiva”: versão repaginada do jogo base, com todos os DLCs, melhorias gráficas, correções de bugs e bônus cosméticos;
- 🦇 Parceria com a Rocksteady Studios: famosa por seu trabalho em Batman: Arkham, a Rocksteady teria um papel criativo no projeto, colaborando com a Avalanche para elevar o nível da narrativa e jogabilidade.
Essa era a oportunidade perfeita para resgatar elementos ausentes no jogo base — como Quadribol, um sistema de moralidade mais profundo e conteúdos exclusivos para cada casa de Hogwarts.
Mas… nada disso vai mais acontecer.
⚖️ Por que o feitiço não funcionou?
Segundo fontes internas, o conteúdo da expansão foi considerado “fraco demais” para justificar o preço de lançamento planejado. Em um mercado cada vez mais exigente e competitivo, vender uma expansão rasa como premium seria um verdadeiro suicídio comercial.
E esse era só o sintoma de algo maior.
A Warner Bros. vive atualmente uma crise financeira e criativa: demissões em massa, cancelamentos de projetos, e trocas de prioridades internas têm sido comuns desde o início de 2024. Além de arquivar a expansão de Hogwarts Legacy, a empresa:
- Cancelou o aguardado jogo da Mulher-Maravilha;
- Encerrou as atividades da Monolith Productions, estúdio por trás de Middle-Earth: Shadow of Mordor;
- Reduziu drasticamente as operações da Warner Bros. Games San Diego, afetando futuros jogos single-player.
O jogo do Esquadrão Suicida — também desenvolvido pela Rocksteady — teve uma recepção morna e vendas abaixo das expectativas, o que agravou ainda mais o cenário.
🧭 O novo rumo da Warner Bros. Games
Diante do caos, a Warner decidiu “encolher a varinha” e se concentrar apenas nas franquias que mais geram retorno garantido. Entre elas:
- Harry Potter, claro;
- Mortal Kombat, que continua imbatível no gênero de luta;
- As IPs da DC Comics, como Batman e Superman;
- E a eterna mina de ouro chamada Game of Thrones.
A promessa agora é de focar em jogos multiplataforma com potencial de monetização contínua, como serviços online e expansões de longo prazo. O que, nem sempre, consegue agradar quem busca experiências narrativas profundas e single-player de qualidade.

🕯️ O que nos resta como fãs?
O cancelamento da expansão deixa uma sensação amarga — como se estivéssemos presos na Masmorra do Snape por tempo indeterminado. Muitos jogadores esperavam que esse conteúdo fosse a chance de Hogwarts Legacy corrigir suas falhas e expandir seu mundo mágico com mais profundidade.
Agora, toda essa expectativa se volta para uma sequência ainda em estágio inicial de desenvolvimento.
E quem sabe? Talvez o que evaporou hoje retorne amanhã como uma poção mais poderosa. Afinal, no mundo da magia (e da indústria dos games), nem toda esperança está perdida — só adormecida em algum porão do castelo.
🧙♀️ Avalanche segura a varinha: a sequência está vindo
Mesmo depois do cancelamento da expansão, uma coisa é certa: a magia ainda não foi extinta nos corredores de Hogwarts. A Avalanche Software, estúdio por trás de Hogwarts Legacy, já confirmou que uma sequência está em desenvolvimento — e isso acendeu a chama da esperança em todos os corações bruxos espalhados pelo mundo.
Mas não se trata apenas de repetir a fórmula. O desafio agora é conjurar algo maior, mais ambicioso e verdadeiramente inovador.
🌍 O que podemos esperar de Hogwarts Legacy 2?
Até o momento, não há trailers ou datas oficiais, mas os rumores e os desejos da comunidade já delineiam o que pode (e deve) vir por aí:
🧭 1. Novas áreas mágicas para explorar
A primeira aventura nos levou por uma versão inédita e belíssima de Hogwarts, Hogsmeade e arredores. Mas agora os fãs querem mais:
- Ministério da Magia: imagine missões políticas, infiltrações secretas ou até disputas entre departamentos (Aurores vs. Departamento de Mistérios).
- Beco Diagonal e Nocturn Alley: comércio, contrabando e o lado obscuro da magia.
- Outras escolas bruxas: será que finalmente veremos Durmstrang ou Beauxbatons em ação?
- Viagens internacionais: quem disse que a história precisa se passar só na Inglaterra?
⚖️ 2. Sistema de casas mais equilibrado e imersivo
No primeiro jogo, as casas de Hogwarts serviram mais como um detalhe estético do que um fator realmente impactante na experiência de gameplay. Para a sequência, os fãs esperam:
- Histórias e quests exclusivas para cada casa;
- Eventos internos, como torneios, duelos e até rivalidades acirradas;
- A real sensação de pertencer a algo maior — como um lar mágico dentro da escola.
💖 3. Romance, amizades e rivalidades profundas
Um dos pedidos mais altos (e repetidos) nas redes sociais é claro: relacionamentos com mais profundidade. Imagine:
- Opções de romance com NPCs — com consequências narrativas reais;
- Amizades que evoluem (ou se rompem) com base em suas escolhas;
- Inimigos que lembram suas decisões passadas, criando arcos únicos de tensão e redenção.
Essa mecânica daria mais vida e emoção à jornada do jogador, tornando a experiência mais pessoal e memorável.

🧙♂️ 4. Combate mágico mais dinâmico e personalizável
Embora o sistema de batalha do primeiro jogo tenha agradado em parte, muitos o consideraram repetitivo após algumas horas. Para o próximo título, espera-se:
- Um sistema de magias mais fluido, com combinações, feitiços únicos e efeitos personalizáveis;
- Maior variedade de criaturas mágicas para enfrentar (ou domar!);
- Árvores de habilidades mais ramificadas, permitindo estilos de luta variados (como duelista, invocador, manipulador de elementos, etc.).
E claro, mais liberdade para customizar o seu bruxo: aparência, roupas, varinhas, talentos e até a própria narrativa.
🧩 O risco do feitiço repetir o efeito
A Avalanche sabe que carrega uma pressão do tamanho de um trasgo montanhês: como surpreender o público novamente sem parecer uma expansão disfarçada de sequência?
Lançar um Hogwarts Legacy 2 que seja apenas “mais do mesmo” — com melhorias pontuais, mas sem revoluções — seria como conjurar um Feitiço do Patrono sem emoção verdadeira: técnico, funcional… mas sem alma.
Por isso, o estúdio precisa inovar na jogabilidade, na narrativa e no impacto emocional. A chave está em ir além do que foi feito — e escutar o que os fãs realmente querem viver dentro do mundo bruxo.
🧩 O papel de Hogwarts Legacy na crise dos games
Em um momento em que a indústria dos games enfrenta sua pior ressaca criativa e financeira em anos, Hogwarts Legacy surge quase como um feitiço de proteção — um raro caso de sucesso em meio a demissões em massa, jogos inacabados e lançamentos apressados.
Enquanto franquias consagradas afundam e estúdios veteranos fecham suas portas, o RPG bruxo ambientado no universo de Harry Potter não só sobreviveu — ele prosperou.
Mas isso levanta uma pergunta incômoda:
🧠 Será que a magia de uma única IP é suficiente para sustentar um império em crise?
🎮 Um raio de luz em meio à tempestade
Hogwarts Legacy vendeu mais de 34 milhões de cópias e se tornou um dos títulos mais rentáveis da década. Isso em um cenário onde:
- A Rocksteady Studios, responsável pela trilogia Batman: Arkham, amargou o fracasso comercial de Esquadrão Suicida: Kill the Justice League;
- A Warner Bros. cancelou projetos promissores como o jogo da Mulher-Maravilha e encerrou estúdios como a Monolith Productions;
- Títulos “AAA” promissores falharam em entregar o mínimo esperado, sofrendo com bugs, monetização predatória e marketing enganoso.
Enquanto isso, Hogwarts Legacy apostou em uma fórmula “old school” que deu certo: jogo completo no lançamento, sem microtransações, com foco em imersão e narrativa.
🧨 A exceção que confirma o colapso?
Por mais que o sucesso do jogo seja animador, ele também expõe um problema maior: a dependência cega das grandes editoras por franquias seguras e nomes conhecidos.
Ao invés de arriscar novas ideias ou apostar em experiências mais autorais, muitas empresas se prendem a IPs milionárias como último recurso — mesmo que isso signifique sacrificar inovação, diversidade de gêneros e experimentações mecânicas.
Portanto, Hogwarts Legacy foi brilhante, sim. Mas não pode virar um modelo replicado à exaustão — ou acabará se tornando parte do problema.
💼 A crise estrutural por trás da varinha
Por trás da cortina encantada, a indústria dos games está em chamas:
- Só nos três primeiros meses de 2024, mais de 10 mil desenvolvedores foram demitidos em estúdios como Epic, Riot, Ubisoft e até a Microsoft;
- O modelo de negócios baseado em jogos como serviço (live services) entrou em colapso — jogadores estão saturados;
- O custo médio de um jogo AAA ultrapassa os US$ 200 milhões, mas o retorno é cada vez mais incerto.
Nesse contexto, Hogwarts Legacy é tanto um milagre quanto um alerta: é possível entregar um jogo de qualidade e fazer sucesso, mas isso exige tempo, planejamento, escuta ativa dos fãs e, acima de tudo, coragem editorial.
🧠 Reflexão final: A magia não substitui estratégia
O que Hogwarts Legacy nos ensina é que ainda há espaço para experiências solo, imersivas e completas. Mas também revela que nenhuma IP, por mais mágica que seja, pode sustentar sozinha os erros de uma indústria desestruturada.
Se os estúdios continuarem apostando apenas no óbvio, o risco é claro:
🧟♂️ Muitos jogos AAA se tornarão zumbis brilhantes — visualmente impecáveis, mas vazios por dentro.
A lição aqui é simples: o futuro dos games precisa de mais do que nostalgia. Precisa de visão.
📅 Linha do Tempo: Da ascensão ao abalo sísmico
2023: indústria dos games parecia viver um de seus auges — bilhões em faturamento, e lançamentos aguardados ano após ano. Mas por trás da cortina encantada, algo começou a ruir.
Foi nesse cenário que Hogwarts Legacy surgiu, desafiando a tendência do colapso criativo e financeiro. Mas… teria ele sido um último suspiro encantado antes da tempestade definitiva? Confira a linha do tempo:
🔹 2022
- Anúncio oficial de Hogwarts Legacy gera hype global.
- Estúdios como Ubisoft e EA começam a cortar projetos silenciosamente.
🔹 Fevereiro de 2023
- Hogwarts Legacy é lançado.
- Alcança 12 milhões de cópias vendidas em duas semanas.
🔹 Junho de 2023
- Primeiras demissões em massa na Unity e CD Projekt Red.
- Primeiras críticas ao modelo de “jogos como serviço” começam a surgir.
🔹 Novembro de 2023
- Hogwarts Legacy ultrapassa 20 milhões de cópias.
- Warner anuncia jogos fracassados como Gotham Knights e Esquadrão Suicida.
🔹 Início de 2024
- Mais de 10 mil profissionais da indústria são demitidos globalmente.
- Epic Games, Riot e até Microsoft fazem cortes históricos.
🔹 Abril de 2025
- Warner Bros cancela expansão de Hogwarts Legacy e jogos da DC.
- Crise atinge estúdios tradicionalmente sólidos, como Monolith e Rocksteady.
🎤 Vozes de dentro: o que dizem os insiders
Chris Tapsell (Eurogamer):
“Podemos culpar o sistema ou o azar, mas sem decisões corajosas e criativas, a indústria não avança.”
Jason Schreier (Bloomberg):
“A pressão para repetir sucessos sem inovar está drenando o espírito dos estúdios. É como tentar extrair magia de uma varinha quebrada.”
Desenvolvedor anônimo da Warner (relatado pelo IGN):
“Hogwarts Legacy funcionou porque deixaram a gente trabalhar. Sem pressa, sem microtransação. Mas isso virou exceção.”
🧠 Análise: Hogwarts é exceção ou esperança?
O sucesso de Hogwarts Legacy mostra que existe desejo por experiências imersivas, single player e bem acabadas. Mas isso não basta para sustentar uma indústria inteira que:
- Apostou alto demais em jogos como serviço;
- Cortou times de QA, roteiro e arte para “otimizar custos”;
- Esqueceu que jogadores buscam jogos, e não apenas plataformas de monetização.
A ironia? O jogo que trouxe magia de volta ao mercado é o mesmo que teve sua expansão cancelada, vítima dos cortes corporativos que ele parecia superar.
🧩 O feitiço do sucesso e a maldição da repetição
Se Hogwarts Legacy ensinou algo à indústria, foi isto:
📌 Jogadores querem mundos vivos, decisões significativas e respeito à sua inteligência.
O problema é que nem todo estúdio tem uma IP como Harry Potter para se apoiar — e sem coragem para criar o novo, muitos estão fadados a repetir os mesmos erros.
Enquanto isso, a Avalanche segura a varinha. E o mundo observa:
✨ Será que a sequência conseguirá manter a chama acesa… ou a magia vai finalmente se dissipar?
🧙♂️ Conclusão: Expecto (novas histórias) Patronum!
Hogwarts Legacy não foi apenas um jogo — foi um feitiço coletivo, uma carta de aceitação tardia de uma geração que cresceu à sombra de Hogwarts, mas nunca pôde explorá-la com verdadeira liberdade. Ele não apenas encantou: ele curou o desejo antigo de caminhar por corredores familiares, conjurar feitiços e criar seu próprio legado.
Mas agora, com a expansão cancelada e as engrenagens da indústria rangendo como um relógio de torre quebrado, o maior desafio não é técnico — é criativo. O que vem depois da magia?
A sequência promete — e o verbo aqui é importante: ela ainda não entrega. O mundo espera por novas histórias, por riscos que levem a narrativa além da nostalgia. Porque uma continuação que apenas replica o original não é uma evolução: é um feitiço repetido, cada vez mais fraco.
A boa notícia? A base está formada:
- Uma legião de fãs engajada;
- Um universo rico, praticamente infinito;
- Um estúdio que já provou saber ouvir — e encantar.
Mas a magia, como nos ensina o próprio universo de Harry Potter, não vem da varinha. Vem da alma de quem a empunha.
Criar um novo Hogwarts Legacy não será apenas repetir os mesmos comandos. Será preciso invocar algo mais raro: a coragem de inovar, de surpreender, de desafiar as fórmulas gastas.
Como disse Dumbledore:
“São as nossas escolhas que revelam quem realmente somos, muito mais do que as nossas habilidades.”
E agora, é a vez da Avalanche fazer a escolha certa.
Expecto Patronum… e que venha a próxima grande história.